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O vice-presidente Michel Temer em frente à sua casa, na zona oeste de São Paulo |
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Uma ala da equipe do vice-presidente Michel Temer (PMDB-SP) defende que, entre as primeiras medidas de seu eventual governo, esteja o reajuste dos benefícios do programa Bolsa Família.O peemedebista disse, por meio de interlocutores, que está nos seus planos melhorar os programas sociais, mas que ainda não há uma decisão porque, primeiro, é preciso avaliar se há espaço fiscal no Orçamento deste ano e se é possível fazer remanejamento de despesas.
Temer alega também que, antes, terá de definir seu ministro da Fazenda para analisar com ele a viabilidade do aumento, argumentando que o momento de crise não permite medidas irresponsáveis do ponto de vista fiscal.
Segundo um assessor, a medida não será adotada se envolver um novo aumento de despesa. A única possibilidade de concedê-lo seria cortar despesas de outros projetos para bancar o reajuste. O Bolsa Família teve o último reajuste em 2014.
Outras propostas estão sob a avaliação do vice, entre elas a adoção, no ano que vem, do que tem sido chamado de "Orçamento Base Zero", com o fim praticamente de todas as vinculações de despesas. Com isso, o projeto orçamentário viraria impositivo -ou seja, o que o Congresso aprovar deve ser cumprido.
EQUIPE
Temer afirmou na manhã desta terça (19) que "muito silenciosa e respeitosamente" vai "aguardar a decisão do Senado" o impeachment. "Seria inadequado que eu dissesse qualquer coisa antes da solução acertada pelo Senado Federal", disse Temer aos jornalistas em frente à sua casa, no Alto de Pinheiros, em São Paulo.
Apesar disso, nos últimos dois dias, o vice deflagrou uma série de conversascom empresários, dirigentes de entidades como CNA, Fiesp e Firjan, economistas e juristas. A todos, Temer tem pedido sugestões de nomes e medidas consideradas necessárias para a reorganização do país e da economia.
O vice também telefonou para Henrique Meirelles para marcar uma conversa pessoalmente. O ex-presidente do Banco Central nos anos Lula está nos EUA e chega na semana que vem. Ele lidera a bolsa de apostas para a Fazenda.
Temer também agendou conversas com outros nomes que podem participar de sua equipe econômica, como Marcos Lisboa, Murilo Portugal e Gustavo Franco. O peemedebista vai conversar também com o ex-ministro Delfim Netto, não para ocupar um cargo no governo, mas para discutir a conjuntura.
Apesar de ter determinado que aliados não falassem mais sobre nomes para seu eventual ministério, as conversas do vice têm dado algumas pistas de qual o caminho que ele pretende seguir.
Temer esteve nesta terça com o advogado Antônio Claudio Mariz de Oliveira, um dos cotados para assumir a Justiça. O economista-chefe do Itaú, Ilan Goldfajn, lidera apostas para o Banco Central.
O senador José Serra (PSDB-SP) integra as apostas para a equipe econômica, mas seu nome ganha força para a pasta da Educação.
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